sábado, 14 de maio de 2011

O Ultimato


A nação portuguesa apresentou na Conferência de Berlim uma proposta, nomeadamente o mapa cor-de-rosa. Na mesma Portugal ficava com a posse de Angola, Moçambique e o Chire. Contudo, esta proposta em nada agradou a potência britânica, mas Portugal não estava preparado para ceder. Tudo isto devido ao projecto de Cecil Rhodes. Este havia criado um ambicioso projecto, nomeadamente, uma linha férrea que unisse o Cairo ao Cabo e que traria inúmeras vantagens para a Grã-Bretanha, por exemplo, no transporte de matérias-primas. Como Portugal não cedia, a potência britânica não se acanhou de fazer um ultimato ao mesmo. O mesmo era de uma simplicidade notória: ou Portugal cedia ou um navio inglês atracado em Vigo atacaria o território português e seria declarada guerra ao mesmo. Portugal não tinha quaisquer hipóteses. Em primeiro lugar, Inglaterra era a sua maior aliada e a principal ajuda para o seu desenvolvimento industrial, nomeadamente pelos empréstimos que os seus bancos concediam. Além de não poder perder isso, Portugal não tinha condições para combater a frota inglesa e a derrota seria praticamente certa se tal acontecesse. O rei português D. Carlos cedeu quase imediatamente. Posteriormente, a linha prevista por Cecil Rhodes acabou por não se concretizar.

E depois da Conferência de Berlim?

Alguns anos após esta ocupação, a preocupação em civilizar a população africana mantinha-se. Por um lado existiam aqueles que concordavam que a mesma era proveitosa para os africanos. Por outro, alguns apenas acreditavam que as potências europeias tinham levado os seus vícios e impostos para solo africano e pouco mais. Contudo, África era agora um continente em fase de exploração. Matérias-primas como o marfim eram imensamente utilizadas, europeus imigravam para África tendo em vista o enriquecimento e os meios de transporte encontravam-se mais desenvolvidos. Além disso, apesar de existirem diversas fases de civilização, alguns já sabiam falar inglês, vestir-se como os europeus, servir como na Europa, entre outras aptidões. Com isto continuava a coexistir o naturalismo, através dos nativos que dificilmente se deixavam civilizar. África era um continente totalmente em mãos europeias.

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