África era um dos territórios que trazia inúmeras vantagens às potências europeias. Era um continente subaproveitado pelo povo português, isto é, pouco os mesmos fizeram para aproveitar a riqueza que África proporcionava. Além disso detinha inúmeras matérias-primas e servia como mercado de escoamento. Servia também para enviar o excedente populacional na Europa. Outra das razões foi a necessidade de mão-de-obra. E porque ir até a solo africano se havia excedente populacional na Europa? No continente europeu haviam surgido os sindicatos, que reivindicavam direitos que os patrões viam como prejudiciais ao seu lucro. Assim, como a mão-de-obra africana não era exigente e ainda era dócil, a vontade de aproveitar a mesma era elevada.
Após a análise de todas estas vantagens que este continente trazia, o Chanceler alemão Bismarck convocou a denominada Conferência de Berlim (1884-1885). Bismarck convocou as grandes potências europeias da altura, nomeadamente a Inglaterra, a Bélgica, a França e outras. Além das mesmas foi convocada a nação portuguesa pois a mesma possuía direitos históricos sobre o continente africano. Esta Conferência detinha um simples objectivo: dividir África entre as potências europeias industrializadas, o que acabou por acontecer. Os chefes dos Estados europeus dividiram o território sem ter em conta sequer as fronteiras dos povos que lá habitavam e concretizaram o seu domínio a nível político, económico, militar e cultural. Portugal ainda tentou defender os seus interesses mas foi em vão visto que existiam interesses económicos demasiado altos e a sua falta de prestígio e a seu estado de pré-bancarrota em nada contribuíam para a sua afirmação. Além disso, para afastar ainda mais Portugal, as potências europeias estabeleceram o princípio de ocupação efectiva, isto é, as potências europeias deveriam ser capazes de assegurar os territórios e de os manter em constante desenvolvimento. Após a Conferência de Berlim, apenas a Etiópia e a República da Libéria não foram possuídas pelos europeus. Na segunda imagem apresentada neste post, nomeadamente uma caricatura, podemos ver os chefes de Estado das potências europeias e Bismarck, de pé, com uma faca na mão pronto a repartir África entre os mesmos como se de um simples bolo se tratasse.
Ajudou bastante! (=
ResponderEliminargostei de apontamentos
ResponderEliminarFoi o poder bélico que impôs o neocolonialismo. O aspecto genocida das potências européias é prejudicial para muitas populações.
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