sábado, 14 de maio de 2011

Concentração Bancária e Industrial

Os bancos foram importantíssimos para o desenvolvimento industrial no século XIX. Eram eles que garantiam o movimento dos montantes provenientes do comércio internacional e permitiam a expansão das indústrias, graças aos empréstimos concedidos. Na segunda metade do século XIX surge uma drástica diminuição do número de bancos isto porque as grandes instituições compraram as pequenas, com vista a criarem uma rede de sucursais a nível nacional ou internacional e obterem mais lucro. Os bancos, como referido primeiramente, entregavam à Indústria um grande apoio, quer na concessão de capitais como na ajuda que proporcionavam à mesma durante uma crise. As indústrias encontravam-se assim dependentes do capitalismo financeiro, ou seja, as entidades bancárias controlavam as grandes indústrias e o grande comércio. Como bancos importantes na altura podemos referir o Banque de Paris et des Pays Bas e o Deutsch Bank.

Partimos agora para a concentração industrial. Com a forte Industrialização em toda a Europa as fábricas rapidamente assumiram o controlo, destruindo a manufactura. Encontrávamos-mos na era da maquinofactura. A produção era agora realizada nas fábricas, sítios tremendamente especializados e onde a produção era elevada. Existia uma maquinaria incrível e a diferença entre o patronato e o operariado era enorme. Além disso ocorria a massificação e estandardização dos produtos, o que originava o consumo de massa, uma concentração geográfica, técnica e de mão-de-obra. Durante o século XIX as fábricas transformaram-se em enormes empresas, com sucursais e variadas ramificações, quer a nível nacional como internacional.

Esta concentração industrial carrega no acelerador na segunda metade do século, devido à inovação tecnológica que torna a empresa mais forte e capaz de resistir a crises cíclicas. Surgem dois tipos de concentração industrial: Concentração horizontal – associação de empresas que fabricam o mesmo produto, com o objectivo de evitar a concorrência – e Concentração vertical – integração de todas as fases do fabrico de um produto na mesma empresa, desde a matéria-prima. Todos estes processos e inovações citados levaram a um desenvolvimento incrível das indústrias. Resumidamente, em primeiro lugar aumentava-se a produção. Em segundo lugar passava-se à anexação de indústrias, quer em concentração horizontal, quer em concentração vertical. Por último, as indústrias, agora consideradas gigantes, internacionalizavam-se. Passavam-se assim a denominar de monopólios. Não é de estranhar o enorme dinamismo industrial vivido na altura.

Contudo continuavam a existir técnicas e sistemas de produção antigos e rudimentares. No mundo rural mantiveram-se as práticas antigas e os camponeses continuavam com direitos comunitários, sendo que se agarravam aos mesmos, reagindo mal às inovações agrícolas. Apesar de todo o progresso em torno destes, os habitantes do meio rural persistiam em praticar agricultura como forma de subsistência. Também na Indústria, apesar de todas as transformações, o artesão continua a existir, pois produz para os mais selectivos.

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