domingo, 20 de março de 2011

Hegemonia Inglesa - Revolução dos Transportes

Revolução dos Transportes

A Revolução do sector dos transportes surgiu devido a imensos factores, nomeadamente devido à revolução industrial e à revolução agrícola. Estes eram necessários para o transporte das matérias-primas e dos produtos para exportação e as viagens deveriam ser cada vez mais rápidas, logo o seu desenvolvimento era crucial para o comércio inglês. Com a criação da comboio movido através da força do vapor, as trocas comerciais sofreram um impulso significativo, sendo que as mesmas eram assim mais rápidas, mais económicas e mais seguras devido à rapidez considerável do comboio em relação aos meios de transporte anteriores. De igual modo a aplicação da energia do vapor aos navios fez maravilhas. Também a criação de túneis e pontes estimularam o comércio britânico, sendo que ligavam todas as regiões inglesas e também as europeias. A rede de estradas foi de igual modo melhorada, sendo ampliada e vendo os seus problemas serem resolvidos. Sendo assim, o comércio nacional não tardou em se expandir, pois as deslocações eram muito mais fáceis e rápidas e as vias de comunicação existentes haviam sido melhoradas. Também o crescimento demográfico da população e da cidade de Londres, a inexistência de alfândegas internas e a união de Inglaterra com a Escócia e a Irlanda, proporcionaram ao mercado nacional um desenvolvimento considerável.

Existiram de igual modo mudanças nos transportes marítimos, sendo construído um vasto conjunto de canais devido à rede hidrográfica vantajosa que possuíam. Esses canais facilitavam o comércio das mercadorias mais pesadas, o que era uma grande vantagem. Foram construídos grandes navios com casco de ferro, hélice e feitos de metal, movidos a vapor, que melhoravam ainda mais as condições de transporte das mercadorias no comércio intercontinental e colonial.

O mercado externo

Era dos mercados intercontinentais que os ingleses retiravam os maiores proveitos. Através dos navios de grande porte e resistência, a partir dos portos britânicos como os de Liverpool, Londres ou Bristol, praticava-se o denominado comércio triangular, sendo que os navios deixavam produtos como armas de fogo, tecidos e bebidas, como o rum, nos portos acima referidos, seguindo para África onde iam buscar os escravos que eram a mão-de-obra para as Américas, para onde iam seguidamente e de onde retiravam as denominadas produções tropicais que revendiam no comércio europeu. Tudo isto proporcionado pelo desenvolvimento dos transportes. Criaram-se varias companhias marítimas, como a Red Star Line, sendo a mais importante e mais rica a Companhia das Índias Orientais. Esta trazia dos países Orientais produtos luxuosos extremamente apreciados na Europa, controlando também o território e sendo a única proprietária das rotas e tráficos orientais. Também controlavam a agricultura asiática, dando produções limite aos agricultores e também impondo-lhes impostos e taxas. Por ultimo existiam as Country Trades – trocas locais – e os China Ships. As Country Trades eram basicamente o controlo exercido pelos ingleses entre as trocas comerciais entre países asiáticos. Já os China Ships era comércio realizado com a China em que o produto mais importado era o chá de Cantão, muito apreciado na Inglaterra, entre outros como as sedas. Assim, a revolução dos transportes contribui em larga escala para a afirmação do mercado inglês, quer interno, europeu, colonial ou intercontinental.

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